Longe, longe, longe.
Tão longe, que tento fazer de conta que existes...
que a tua presença é real...
que estás aqui ou eu estou aí, que faço parte da tua vida por completo.
Brinco ao faz-de-conta, contando os dias para te ver. Para te ter!
Faz-de-conta-que-abro-as-janelas…
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Faz-de-conta que eu estou junto a ti
(e tu sentes a minha presença a roçar-te o corpo!)
e que te beijo às horas que quero
e às horas que necessitas
-a todas e quaisquer horas-
Faz-de-conta que contemplamos o horizonte
e, nos dias de sol,
deixamos a nossa vista sinuosamente percorrer
as montanhas logo ali em frente, ou
que perscrutamos o verde mais além
através dos chuviscos e do nevoeiro
dos dias mais tristonhos.
Faz-de-conta que percorremos o jardim
e saltito entre as árvores
e os futuros canteiros de flores prometidas,
e me escondo de ti
e te tento com o meu olhar
a chamar-te para que entres dentro dos meus olhos
e te deleites até te saciares por completo
até te sentires irremediavelmente perdido.
Faz-de-conta que me aqueço em ti
-o meu corpo sempre fresco e ávido do teu amor-
e, nos dias de sol,
deixamos a nossa vista sinuosamente percorrer
as montanhas logo ali em frente, ou
que perscrutamos o verde mais além
através dos chuviscos e do nevoeiro
dos dias mais tristonhos.
Faz-de-conta que percorremos o jardim
e saltito entre as árvores
e os futuros canteiros de flores prometidas,
e me escondo de ti
e te tento com o meu olhar
a chamar-te para que entres dentro dos meus olhos
e te deleites até te saciares por completo
até te sentires irremediavelmente perdido.
Faz-de-conta que me aqueço em ti
-o meu corpo sempre fresco e ávido do teu amor-
e baixinho, ao teu ouvido
te conto a mágoa dos dias com histórias cinzentas.
Faz-de-conta que os teus braços me contornam
e se transformam na redoma que me protege dos males do mundo.
Faz-de-conta que partilho toda a tua vida
e tu,
te conto a mágoa dos dias com histórias cinzentas.
Faz-de-conta que os teus braços me contornam
e se transformam na redoma que me protege dos males do mundo.
Faz-de-conta que partilho toda a tua vida
e tu,
a minha.
Faz-de-conta que escolhes os versos que me queres ler
e com eles expressas o mundo e o sonho e eu
te olho e
te ouço embevecida.
Faz-de-conta que eu abro as janelas
para arejar a casa e
Faz-de-conta que escolhes os versos que me queres ler
e com eles expressas o mundo e o sonho e eu
te olho e
te ouço embevecida.
Faz-de-conta que eu abro as janelas
para arejar a casa e
deixo entrar a luz!
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