Breve Introdução por Maria da Serra Verde...

Esta é uma história de amor bordada a dois na fina e delicada arte dos poetas…

Ela borda a linha azul
é uma mulher do mar, do ar, do céu…
aprecia o espaço e a liberdade…
é sonhadora e eloquente, procura a linha do horizonte…
mas nunca esquece a terra firme…
os seus pontos são laboriosos, pequeninos e delicados…
em contraste com a decisão e firmeza de quem sabe o que quer!

Ele borda a linha verde
é um homem da floresta, da montanha…
das gélidas invernias, das paisagens bucólicas e silvestres,
que preza a pacatez e tranquilidade dos dias…
é um idealista, vive sempre noutras dimensões mais atrás ou mais adiante no tempo
os seus pontos são elaborados mas nem sempre com remates seguros!

Entre ambos a trama… da ideia, do sonho, da poesia!
E o crescendo do sentimento que se transforma em amor…

Encontram-se algures na vida…
percorrem-na saboreando as palavras que trocam como acto transcendente de cumplicidade.

Perdem-se um no outro…

Mais à frente as linhas da vida divergem.
E esta rouba-lhes o tempo, tira-lhes o espaço …
Mas as palavras bordadas pelos poetas, essas, permanecem!
Como testemunho do sublime que, um dia, aconteceu entre ambos!

sexta-feira, maio 16

(Ela)... sempre por fora... sempre por dentro...

Desde o dia da nossa partilha maior que penso, que sinto, que te quero ter sempre…
Sempre por perto… sempre por fora… sempre por dentro…
de Conceição Valada Manaia, sempre ...

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Sempre
É o sonho mais distante que eu consigo Ter
Não me censures
A culpa está no frenesim
Que me habita
Discreto desabrocha
Nas tuas mãos e pede um destino
Podes não ver para lá deste incêndio
Deste compêndio
Da enumeração perfeita
Mas eu existo
O sonho é ser sempre
Estou possuída
Onde toco tudo se transforma
A metamorfose da existência
É o teu fascínio
Habitas-me
Na simbiose dos desejos
A que eu chamo sonhos.

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